Outros Planos em Casa de Bamba

22/02/2019

Uma das coisas bem boas que aconteceram nessa corrida pra divulgar meu novo disco OUTROS PLANOS foi essa entrevista pra lá de especial com um cara mais especial ainda, Jay Mahal, o Bamba Jay.

Outros Planos em Casa de Bamba

Uma das coisas bem boas que aconteceram nessa corrida pra divulgar meu novo disco OUTROS PLANOS foi essa entrevista pra lá de especial com um cara mais especial ainda, Jay Mahal, o Bamba Jay. O cara é um palácio – “eclético, mimético, mameluco, acaboclado, tupiniquim”. Conversamos uma hora, deu pra falar um monte: do dia que o Itamar Assumpção me ensinou tocar Prezadíssimos Ouvinte (parceria com Domingos Pellegrini), da vez que vi Roberto Carlos em ritmo de aventura na inauguração da TV Tibagi (que artista!), toquei músicas do meu parceiro Mauricio Arruda e da Simone Mazzera, contei histórias de Londrina e da turma da vanguarda, das vindas e idas pra São Paulo, desde que fui estudar jornalismo na Casper Libero.

Mahal é uma lenda do reggae de Sampa. Quem me levou lá foi o Fabio Giorgio, amigo e produtor, fã do bamba de muito tempo. Eu não conhecia os discos dele e nem ele conhecia os meus – mas lembramos sincronicidades, como aquele show do Gilberto Gil em 1977 na quadra do Colégio Equipe, onde tinha uma turma de adolescente fazendo a diferença na cena paulistana: Arnaldo Antunes, Nando Reis e toda a molecada do Titãs, o Paulo e o Tuco Freire, toda uma geração que explodiria nos anos 80. Gil mostrou um trabalho que tinha acabado de fazer, a versão em português de No Woman no Cry, de um total desconhecido no Brasil – Bob Marley; acho que foi a primeira vez que alguém tocou um reggae por aqui. Jay Mahal estava lá. E eu também.

“Batuque elétrico brasileiro, mandinga, malemolência, pegada, cadência, essência”. O programa dele vai ai ar todos os dias na hora do almoço pela Rádio Cultura Brasil - e aos sábados ele apresenta o Bamba Jam, focado no reggae. Com seu "batuque elétrico", Jay devora culturas, pinturas, melodias, respeitando e transgredindo etnias,” – e é impressionante a diversidade de artistas pouco conhecidos que partilham a programação com os famosos. O programa é uma delicia de ouvir – e o arquivo disponível no site da Cultura é impressionante pela diversidade de gêneros e autores de que a gente nunca ouviu falar. Tem a história de uma era guardada alí – um tesouro.

“Liquidificador de suingue, presente, passado e futuro do groove brasileiro”. Bamba Jay terminou nossa entrevista com um vaticínio: “pode considerar sua carreira antes e depois do Bamba Jam, porque vai tocar direto aqui". Else disse (no ar!!!) que meu trabalho é "sensacional" (acredita?). “Recomendo aos queridos invites conhecer”. Ao "meus queridos aouvintes" recomenda eu: conheça Jay Mahal.

A entrevista, na integra, você ouve aqui

http://culturabrasil.cmais.com.br/…/a…/bernardo-pellegrini-1